terça-feira, 6 de dezembro de 2011

DESISTÊNCIA DE CANDIDATURA ESCOLAR

Hoje pela amanhã, a candidata a reeleição para gestora da escola Valdina Torquato do Nascimento, a senhora Maria Clelma Rocha da Costa, desistiu de concorrer as eleições alegando motivos pessoas conforme anexo a seguir.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DIA 9 DE DEZEMBRO ACONTECERÁ AS ELEIÇÕES PARA DIRETORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS.


 Conheça um pouco mais os candidatos a gestão escolar
da Escola Valdina Torquato do Nascimento.

Maria Clelma  Rocha da Costa. 

Valter Nascimento de sousa. ( júnior.)




perfil




Meu perfil
Nome: Valter Nascimento de Souza (Junior)
Sexo: Masculino
Idade: 34 anos
Naturalidade: Tarauacá
Estado civil: Casado
Endereço: Av. Antonio Frota Nº 807
Bairro: COHAB
Formação Escolar: Ciências Biológicas Pela UFAC
Experiência Profissional: 13 anos na educação municipal:com série mult-seriada durante quatro anos, 4º e 5º ano período de cinco anos, há quatro anos exercendo a função de coordenador de ensino na escola Valdina Torquato do Nascimento.



PLANO DE AÇÃO






ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TARAUACÁ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEME
Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Valdina Torquato do Nascimento



PLANO DE AÇÃO.




Tarauacá, Acre/2011.






ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TARAUACÁ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEME








PREFEITA MUNICIPAL DE TARAUACÁ
Marilete Vitorino de Siqueira
 




SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Maria do Desterro Prado Bayma




COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Eliana Nobre
Gislaine Rocha


COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA
Francisco das Chagas Felix da Costa




Tarauacá, Acre/2011.






Ano Letivo: 2011
Gestora: Maria Cleuma da Rocha Costa
Coordenador Administrativo: José Vanio Bandeira Nery
Coordenador Pedagógica do 1 º ao 5 º ano: Valter Nascimento de Souza
Professores: Nonata Martins Queiroz
Lucineide Gomes Feitosa
Maria Vanusa Souza Machado
Valdeci de Quadro Dantas
Antonio Acciolly Gomes
Janete Abreu da Silva
Raimundo de Lima de Oliveira
Funcionários de apoio: Aldaisa Gomes Garcia
Jose Ricardo Pinto de Souza
Edileida Sombra de Souza
Agenor da Silva Ripardo
Marcenilda de Souza Guimarães
Maria Genita Nobre
Maria Aparecida Barbosa de Moura





Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender







SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.......................................................................................................................08
1. HISTÓRICO DA ESCOLA VALDINA TORQUATO DO NASCIMENTO....................... 09
2.OBJETIVO...........................................................................................................................10
2.1Objetivo Geral....................................................................................................................10
2.2.Objetivos Específicos......................................................................................................10
3.JUSTIFICATIVA..................................................................................................................11
4.INFRAESTRUTURA FÍSCIA E LOGÍSTICA DA ESCOLA............................................12
5.  CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESPAÇO FÍSICO  4.1. Descrição da capacidade física ..................................................................................12
5.2  Serviços . 5. considerações sobre o espaço físico.............................................................................13
5.2  Biblioteca. 5.2.Serviços............................................................................................................................13
5.3 Laboratorio de Informática. 5.Biblioteca.............................................................................................................................14
. 5.3. Laboratório de informatica............................................................................................14


6. IDENTIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ACUMULADA DA ESCOLA - ANÁLISE CRITICA DO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR ...........................................14
6.1 Por uma concepção contemporânea de Cidadania e de Escola..........................    14
6.2 A Educação Inclusiva........................................................................................................ 21
6.3 Educacao Infantil e Básica ............................................................................................22
6.4 Redimensionamento dos mecanismos de gestão democrática, que fortalecem as instâncias colegiadas, como espaços de tomada de decisão coletiva..........................22
7 SERVIÇO DE SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA............................. 27
8 METODOLOGIA DE AÇÃO................................................................................................ 28
9 CRONOGRAMA................................................................................................................... 29
CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 34



INTRODUÇÃO


O planejamento das atividades escolares é uma necessidade imperiosa, tendo em vista atingir os resultados da ação educacional previstos na legislação em vigor e especificamente, na LDB 9394/96.
Dessa maneira, as atividades escolares devem ser objeto de reflexão por parte do coletivo da escola, incluída a comunidade e os próprios alunos. Dessa reflexão surgirão os caminhos a serem trilhados na ação educacional, materializados na forma de proposta pedagógica, planos de curso anuais e o plano de gestão escolar, sendo este elaborado para um período de consecução mais amplo, de três anos, incluindo todos os dados e informações, diretrizes e normas de trabalho pedagógico e administrativo.
O presente plano de ação objetiva abordar a estrutura administrativa da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Valdina Torquato do Nascimento, para implementação de ações que serão desenvolvidas ao longo do período de gestão.




1          HISTÓRICO DA ESCOLA VALDINA TORQUATO DO NASCIMENTO


A Escola Municipal de Ensino Ens. Inf. e Fund. Outrora denominada de Áurea Accioly Dourado foi criada no ano de 2006, pelo então Prefeito Erisvando Torquato do Nascimento, tendo como Secretário Municipal de Educação o professor Orlando Bezerra da Silva, localizada na BR 364, nº 1569, trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul no bairro Triangulo. O nome Áurea Accioly Dourado foi dado em homenagem a uma professora que fez um belo trabalho na educação do nosso município.
A primeira pessoa responsável em fazer o levantamento na comunidade foi o professor Valter Nascimento de Souza (JR), junto com o coordenador Raimundo Lima. O professor Valter, visando à reclamação de alguns pais de alunos que a escola mais próxima fazia grandes exigências quanto material e fardas e as famílias são carentes, então levou a proposta para o Secretario de Educação Orlando Bezerra da Silva, então foi construída, a escola com apenas duas sala de aula, um banheiro, uma cantina e uma secretaria, onde no primeiro momento atendia uma clientela de 37 alunos, sendo que era uma sala com 2ª, 3ª e,4ª série e outra com a 1ª série do ensino fundamental.
Eram salas multisseriadas, no mesmo ano foi indicada pelo prefeito uma Coordenadora, a Professora Maria Cleuma Rocha da Costa, que assumiu até o ano 2007 e, no ano de 2008 houve eleição para gestor, sendo então eleita a primeira gestão escolar- Maria Cleuma Rocha da Costa. Em 22 de outubro de 2009 a nomenclatura da Escola foi mudada para Valdina Torquato do Nascimento atendendo solicitação do Of. nº 830/2009-PR/ AC-RGM, onde o Ministério Público determina por meio da Lei nº 6.454/77, em seus Artigos 1º e 2º a proibição de nome de pessoa viva e a bem público, de qualquer natureza, etc. o que levou, a partir da referida data Homenagear a Srª. Valdina Torquato do Nascimento, mãe do atual prefeito Erisvando Torquato do Nascimento.
Hoje Valdina Torquato do Nascimento, tem seu espaço físico com cinco salas de aula, uma secretaria, uma cantina e depósito de merenda e atende os três turnos com uma clientela de 120 alunos.

2          OBJETIVOS
2.1      Objetivo Geral

Oportunizar o ensino de forma qualitativa respeitando as individualidades e promovendo o despertar de suas potencialidades dentro do processo ensino-aprendizagem.

2.2      Objetivos Específicos

Ø  Fornecer o informativo aos professores acerca das atividades da escola no período letivo;
Ø  Oportunizar encontros bimestrais para avaliação da aprendizagem e o rendimento escolar, a fim de pactuar novos indicadores referente a qualidade do ensino;
Ø  Dar assistência toda a assistência pedagógica devida ao corpo docente;
Ø  Promover um clima harmonioso no trabalho;
Ø  Trabalhar em parcerias com igrejas, associações, comunidade, dentre outros ;
Ø  Reduzir a evasão escolar de 7% para 4%.
Ø   Redesenho da estrutura Organizacional descrevendo a missão da escola, visão, e atualização do regimento escolar.
Ø  Identificar as causas de evasão dos alunos, adotando políticas preventivas e corretivas;
Ø  Monitorar a falta dos alunos, através de visitas domiciliares;
Ø  Fomentar a participação da comunidade na escola, bem como promover um vinculo harmonioso com a família dos alunos a fim de se obter um rendimento no nível da aprendizagem;
Ø  Intensificar e promover atividades educativas, desportivas, Artísticas  e de intercambio cultural;
Ø  Oportunizar aos alunos acesso a livros didáticos fomentando o interesse pela leitura;
Ø  Oferecer aos alunos, funcionários e demais profissionais da escola o acesso a inclusão digital e demais cursos de capacitação
Ø  Intensificação dos projetos Festa da Matemática e Projeto Viagem na Leitura de Língua Portuguesa (em anexo);
Ø  Oportunizar aos alunos apresentações de peças teatrais.

3          JUSTIFICATIVA


As constantes mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas no mundo requerem que a escola atenda às exigências impostas pelo novo modelo de sociedade: a Sociedade do Conhecimento. Portanto, na atualidade as organizações escolares estão passando por vários desafios e mudanças, já que a nova sociedade incita essas transformações, tornando relevantes aspectos como inovação, competitividade e produtividade.
A escola atual deve esta voltada para a execução de um trabalho em equipe e não em grupo. Todos são participantes do processo ensino-aprendizagem: pais, alunos, professores, e comunidade escolar. Se cada um exercer o seu papel, a educação trilhara novos rumos que trarão resultados positivos que constarão em estatísticas que irão mostrar a importância do processo educativo na construção de uma nova sociedade.
Para construir a educação de forma qualitativa, deve-se antes de tudo oportunizar aos professores e alunos condições para que isso realmente aconteça. Diante disso, o Estado tem a função de assegurar esse direito, investindo na construção de escolas, implementação de projetos, capacitações profissionais, de forma que a somatória desses fatores ira promover os resultados que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina.
Desse modo, este trabalho teve como objetivo discutir a atuação da gestão escolar na busca pela mudança organizacional da escola para que a mesma proporcione um ensino de alto nível aos seus alunos, oportunizando aos mesmos condições para que venham exercer a sua plena cidadania e possam construir um pais melhor e com menos injustiça social.
A Escola Valdina Torquato do Nascimento, inserida na BR364 nº 1569, trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul no bairro Triangulo, exerce suas atividades na prestação de serviços educacionais a comunidade em que atua.  A referida Escola dentro precisa promover o acesso a uma demanda maior de alunos, tendo em vista o crescimento populacional de acordo com os dados do IBGE (2010). A implementação de uma nova estrutura, a incorporação de novos métodos e ações que venham promover a interação entre a escola e a comunidade escolar se faz necessária dentro da Instituição Educacional em estudo, visto que através dessas ações a escola ira fortalecer as sua política educacional, bem como ira oportunizar aos alunos e a comunidade o acompanhamento e construção do processo educacional em todos os âmbitos.

 4         INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E LOGÍSTICA

      O Estabelecimento de Ensino, hoje denominado Escola Valdina Torquato do Nascimento, possui uma área aproximada de 50 m². As atuais dependências físicas, parte antiga do conjunto da escola, foram construídas no ano de 2006 e inaugurada no mesmo ano, pelo prefeito Erisvando Torquato do Nascimento.
      Dispõe de 04 salas de aula e mais  01 sala onde funcionam a Coordenação Administrativa, Ensino e Gestão.  Ela dispõe também de 01 sala de informática para o desenvolvimento das atividades de pesquisas dos alunos e professores
4.1      Descrição da Capacidade Física  
Ordem
Ambiente
Uso
Quantidade
01
Sala aula
Sala aula
05

02
Cadeiras
Alunos e professores
130
01
Sala
Gestao/administração e Coordenação de Ensino.
01
04
Cantina
Cantina
1
05
Dispensa
Dispensa
1

06
Banheiro
Alunos
2

5          CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESPAÇO FÍSICO 

O espaço físico da escola dispõe de uma serie de situações que precisam ser resolvidas, dentre elas, destacamos:
ü  Condições de acesso a portadores de necessidades especiais apresenta problema para pessoas com deficiência física, ou seja, o caderante. 
ü  Condições de uso como iluminação, acústica, ventilação, limpeza, instalações sanitárias e segurança, necessitam de constantes cuidados e atenção, em todas as salas e espaços de circulação. 
ü  As instalações administrativas precisam se adequar o trabalho. 
ü  As salas de aula necessitam de reformas estruturais como mudança de assoalho, janelas e carteiras, além de campanhas de conscientização para que sejam melhores conservadas.
ü  Acesso a locais de alimentação estão estrategicamente localizadas, porem precisam atender o que determina a legislação pertinente. 
ü  A comunidade escolar deve ter acesso e utilizar equipamentos de informática e telecomunicação (internet) a fim de que possam está inseridos no processo de Inclusão Digital.

5.1      Serviços 
          
Considera-se primordial para cumprimento da função social da escola os seguintes serviços:
ü  A manutenção e a conservação dos espaços físicos e equipamentos, que devem atender as necessidades institucionais e da comunidade escolar, estão deixando a desejar em face de falta de funcionários.
ü  Os serviços e estratégias de comunicação interna e externa (murais, boletins, documentação de alunos e professores, informativos, avisos, homepage, portais, etc.) necessitam ser revistos para que sejam atualizados e customizados.
5.2      Biblioteca 

           A Biblioteca é um espaço de leitura e estudo de livre acesso a alunos, professores e funcionários do Estabelecimento e de outras entidades. Portanto, a escola precisa viabilizar um projeto de implementação de uma biblioteca na escola Valdina Torquato do Nascimento, tendo em vista a necessidade de oportunizar aos alunos um acervo de livros diversificados para a realização de suas pesquisas e estímulo a leitura.
Um outro ponto importante para a biblioteca  consiste na catalogação dos livros, sistematização dos dados, e climatização do ambiente para maior conforto dos alunos.

5.3      Laboratório de Informática

Tendo em vista a automação do conhecimento em todos os níveis, diante te da realidade em que a escola esta inserida e da necessidade em fomentar nos alunos o interesse pelo uso das tecnologias informacionais, se faz necessário viabilizar a implementação de um laboratório de informática para efetuação das atividades do educando e Inclusão Digital não só para os alunos, mas para todos os funcionários.


6          IDENTIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ACUMULADA DA ESCOLA - ANÁLISE CRITICA DO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR 

     A diversidade social e cultural exigiu a criação de uma estrutura e organização que efetivamente atendam as peculiaridades, amplitudes e complexidades inerentes a cada etapa e modalidade de ensino. Isto porque não basta objetivar apenas o aperfeiçoamento da pessoa, mas o preparo desta para o engajamento nos mais variados campos da atividade humana: o educacional, o social, o econômico, o artístico, o científico e o tecnológico. Assim sendo, urge que as tomadas de decisões no âmbito da Gestão Escolar e Pedagógica tenham como base:
     A - O suprimento e diversificação de cargas horárias, de habilitações, especializações e desempenho funcional dos recursos humanos;
    B - Criação de mecanismos que atendam a diversidade acentuada da clientela, especialmente com relação às faixas etárias, nível social, cultural e econômico e origem geográfica;
     C - Acréscimo de horas de atendimento diário aos alunos, evitando que os mesmos deixem de ter atividades durante o período em que aguardam a chamada dos pais que deixam seus trabalhos pouco tempo depois da saída dos filhos das aulas
     D - Ensino que questione e reelabore aspectos como: cultura e técnica; atividades intelectuais e físicas; saber e processo produtivo: ciência tecnológica e produção tendo como ponto de partida a própria prática cotidiana do aluno, possibilitando assim a compreensão das regras da sociedade e a apropriação do saber socialmente produzido;
     E - Redimensionamento dos conceitos de Escola e Currículo, reelaborado em função da precariedade, limitações e deficiências da estrutura e funcionamento da Educação Formal;
    F - Congregação, sistematização e organização de intenções e esforços que tenham repercussão social, superando os intervenientes que afetam a qualidade do processo educativo. 


6.1      Por uma Concepção Contemporânea de Cidadania e de Escola  
    
             A reorganização pedagógica e administrativa da escola, respaldada por uma concepção progressista, exige, simultaneamente, sistematizar e organizar a diretriz pedagógica, que seja compatível e coerente com o momento histórico e com as concepções dos componentes estruturantes e determinantes do processo educacional e didático. 
      A concepção de educação, portanto, não pode estar dissociada da FUNÇÃO DA ESCOLA determinada socialmente, ou seja, assegurar, COM COMPETÊNCIA: 
     A - A difusão, acesso, manipulação e produção de conteúdos concretos (científicos, sociais, naturais e estéticos), indissociáveis e ressonantes na realidade social do aluno e construídos historicamente. Assim, constituem-se como instrumentos de apropriação do saber, ajudando na minimização da seletividade social e democratização do acesso e do saber, como parte integrante do todo social. Assim, “a educação por ela ofertada, deve ser uma atividade mediadora no seio da prática social global, através da intervenção do professor”. (LIBÂNEO, P.17) 
     B - A compreensão ampla (numa perspectiva de nacionalidade e universalidade) de cultura, saberes, relações sociais, mecanismos de dominação e discriminação, de mundo, de sociedade, de escola, de professor e educador, de aluno, etc., como condição básica para transformação social e exercício pleno da cidadania. 
    C - A necessidade de superação progressiva da forma de organização do sistema sócio-econômico vigente, respaldada pela concretização e expressão da consciência política de professores, alunos, pais, direção, etc., decodificada na convergência de interesses por uma educação de qualidade, onde as metas sejam: 
      1. Formação do indivíduo-CIDADÃO comprometido com a qualidade de vida e construção de uma sociedade justa e igualitária;
      2. Formação para atuação de professores para a Educação Básica, com uma sólida consciência profissional resultante da articulação entre o técnico, o político, o cultural, o científico e o humano. 
      Estabelecidas as funções da escola, ao menos sistematicamente, e INCORPORADAS COMO PRÁTICA SOCIAL, obrigatoriamente elas fazem emergir uma maneira de reverter à concepção de homem e como esta concepção se integra na PRÁTICA EDUCATIVA. Então, é imprescindível entender o HOMEM numa perspectiva dialética, em que não se pode reduzi-lo a um mero instrumento cego de quaisquer forças superiores (terrenas ou extraterrenas), mas, ao contrário, é o CRIADOR da História, não apenas no sentido estreito de que o homem cria porque age, mas, sobretudo, no sentido de que age conscientemente, no sentido de que faz conscientemente a escolha entre várias possibilidades. O homem se transforma e se cria ao modificar as suas condições de existência. Ele pode “transformar a natureza e a sociedade, através da mediação do trabalho, assim, transforma sua própria natureza, num processo de AUTO-TRANSFORMAÇÃO que nunca tem fim”  (FRANCO, p.2-3). 
      Compreendê-lo, portanto, significa PARTIR DAS CONDIÇÕES REAIS DE SUA EXISTÊNCIA, SEUS LIMITES, SUAS HABILIDADES, SUAS ATITUDES, SUA CULTURA, SUA FORMA DE LER O MUNDO E A SI PRÓPRIO, SUAS POSSIBILIDADES, SUA CONDUTA, etc., enfim, tudo o que determina sua vida. Eis, então o SE CONCRETO. 
      Entendido a essência da natureza do homem, cabe então à escola, a partir desta visão concreta e contextualizada, delinear a sua escolarização, buscando e reclamando uma CONCEPÇÃO DE PROFESSOR que esteja impreterivelmente comprometido com: o processo de direcionar e dirigir o ensino e a aprendizagem e com o aluno (HOMEM) como ser concreto, que determina e é determinado pelo social, político, econômico e individual. Em suma, o professor que a sociedade e a escola necessitam emergencialmente, é aquele que considera o conhecimento - saber, conteúdo - a ensinar como atividade social, histórica e constitutiva do homem - aluno -, e a si mesmo como partes inseparáveis de um contexto historicamente estruturado. 
     O homem-aluno deve ter condições na educação escolar de construir um posicionamento Ético-Político. Somos contraditórios e vivemos numa sociedade contraditória. Se não quisermos cair em posturas moralistas e maniqueístas, pobres diante da riqueza, da complexidade da vida humana no mundo, precisamos tornar nossos valores, comportamentos e normas de conduta como temas constantes de reflexão. Não há soluções simplistas para a dialética existente entre o senhor e o escravo, o amor e o ódio, o individualismo e a solidariedade, a corrupção e a honestidade, e tantas outras. O ser crítico que pretendemos formar terá necessariamente que tornar a dinâmica dessa realidade, complexa e contraditória como matéria-prima de sua compreensão. Embora não saibamos até que ponto seja possível a adesão afetiva em torno de uma ética coletiva dado o caráter extremamente individualista e massificante das sociedades atuais, a escolha pelo bem coletivo precisa ser construída, não imposta. 
     A formação do homem-aluno crítico deve ser tratado como o de não aceitar a realidade como um produto acabado, como um dado pronto  e imutável; assim como a expressão do esforço histórico humano não é neutro, é sempre moldado por objetivos, intenções e interesses, a prática social também não o será. Portanto, estamos diante do desafio de oportunizar ao nosso aluno acesso aos conhecimentos necessários para a compreensão do mundo que o cerca, desvendando as complexas relações aí existentes, para nele poder se posicionar e atuar conscientemente. 
      Nesta perspectiva fica evidenciado que a construção e caracterização da concepção pedagógica da escola residem não mais na descontextualizarão de um dos seus componentes ou estruturantes, isto é, na priorização de um deles em detrimento de outros. Não se aceita mais a concepção de conteúdos que apregoam ser a totalidade de conhecimentos que o professor transmite ao aluno, o objeto da aprendizagem, mas a ele se incorpora a totalidade das condições e local da escola, as relações humanas, etc. Além disso, o conteúdo da educação está submetido ao processo em que ela - educação - ocorre, é algo dinâmico, histórico (sem contornos definidos), variável (não se repete) e só se realiza parcialmente em cada ato educativo, pois cada ALUNO ABSORVE DIFERENTEMENTE A MATÉRIA DE ENSINO DISTRIBUÍDA À CLASSE COMUM - construção do seu - do aluno - conhecimento. A ele - conteúdo - está ligada a forma, isto é, forma e conteúdo têm relação de interdependência e se condicionam um ao outro; são apenas aspectos  - distintos, mas unidos -, de uma mesma realidade - ato educacional. 
     A forma é a FUNÇÃO DE SEUS FINS SOCIAIS. Assim, o conteúdo determina a forma de educação na qual é ministrada; esta, por sua vez, determina a possibilidade da variação do conteúdo, aumentando-o, em processos sem fim. Por isso, método educacional tem que ser definido como dependência de seu conteúdo - o significado - social, ou seja, o elemento humano ao qual vai ser aplicado, de quem o deve executar, dos recursos econômicos existentes, das condições concretas nas quais será levado à prática. (VIEIRA PINTO, p.41-6) 
     Todas estas questões relegam, portanto, as concepções clássicas de Método de Ensino. Historicamente, ele sempre foi generalizado através de políticas educacionais de governo. O método que se quer hoje depende basicamente do professor em sala de aula, isto porque, como afirma WACHOWICZ (1991, P.12): 
      A. Enquanto meio de apropriação do conhecimento, o método é uma questão filosófica;
      B. Deve considerar a educação escolar na sua relação com as classes sociais;
      C. O método consiste em elevar-se o pensamento do abstrato para o concreto, e é a maneira que  tem o pensamento para apropriar-se do concreto, de o produzir como concreto espiritual;
      D. Os nexos internos da realidade precisam ser explicitados para o pensamento, os nós de onde partem todas as tramas existenciais e históricas. 
     Em síntese, não mais aceitamos o conceito de método que, supostamente, tende a ensinar tudo a todos, mas sim, o de que é a transmissão/assimilação - no sentido sócio-histórico e interacionista - do saber sistematizado que deve nortear a concepção dos métodos e processos da aprendizagem. 
     O método é a condição onde o aluno supera a não apropriação (saber difuso, desarticulado apresentado no início do processo) para a apropriação - superação (saber contextualizado, organizado, etc.), articulado com seu desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social. Este percurso exige a construção consciente, por parte do professor, de condições e alternativas pedagógicas, onde ele e o aluno possam, pela relação dialógica, visualizar três fases importantes: 
      A. Problematizarão: momento em que o aluno exterioriza sua percepção e leitura do saber e sua relação com o contexto onde ele ocorre;
      B. Intervenção: momento em que o professor propicia condições - mediação - onde o aluno constata, acessa, apreende, manipula, compara, relaciona, descobre, formula, etc., o saber escolar;
      C. Superação: momento em que o professor possibilita alternativas para que o aluno expresse ou manifeste o SEU conhecimento (momento em que formula: sínteses, reorganizações, críticas, recriações, avaliações, etc., da relação saber versus realidades - ápice da transformação de si próprio e do social). 
     Nesta dinâmica, fica evidenciado que o saber historicamente construído (na escola: o conteúdo, matéria de ensino, etc.), para se constituir componente ou estruturante significativo do processo ensino-aprendizagem, ser dinâmico; apresentar-se tendo como parte o professor, o aluno, com todas as suas condições pessoais e sociais; não ter contornos definitivos; a ser, principalmente a ferramenta ou instrumento que possibilite leituras, releituras e transformação da realidade social e do momento histórico em que é abordado. 
     É, a partir destes entendimentos, que se poderá entender melhor outro componente importante do processo didático-pedagógico, a interdisciplinaridade. Ela, a nosso ver, ocorre e se configura a partir do momento e das condições em que o saber escolar é objeto de apropriação. Isto é, entendendo-se que todo saber tem significado e implicações sociais. Não existe por si. Depende da própria história do homem, pois é a partir de suas necessidades e de sua evolução que ele se estrutura (circunstâncias históricas de produção), se transforma e é usado como instrumento de transformação pessoal, social, cultural, econômica, etc. Perceber essência do saber sem suas implicações e dimensões é retirá-lo e isolá-lo da realidade do aluno, do professor e do processo ensino-aprendizagem, tornando-o estéril e inútil. 
     O trabalho coletivo, a partir de relações humanas equilibradas e isentas de preconceitos, elegantes, éticas, responsáveis, não egocêntricas, etc., será possível mais rapidamente ao professor apropriar-se dos outros elementos que se somam ao saber escolar e de sua função social, embutidos no campo de sua atuação. Isto posto, fica fácil, então, entender que a interdisciplinaridade objetiva: 
      A. “a vivência da realidade global que se inscreve nas experiências cotidianas do aluno, do      professor e do povo”(FREIRE, 1991);
      B.  a eliminação da fragmentação do saber escolar;
      C.  a relação do aluno e do professor com o mundo;
      D.  a realização da unidade do saber nas particularidades de cada um. 
      Defendendo-se estes pressupostos e acreditando-se neles, estamos dando início a concretização de uma filosofia que norteará as ações da gestão escolar do INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Ela vai exigir, de todo o seu estafe, o rompimento com velhos padrões e ações; em especial, permitir a revisão do histórico de formação e práticas docente e discente. Isto não é fácil. Há toda uma trajetória a ser feita. Pensar que isto é possível em curto espaço de tempo é entender que a concepção de aprendizagem do estímulo resposta é a única verdadeira. Cada indivíduo tem seu tempo e ritmo próprio para se superar. 
6.2      A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
     
 O movimento nacional para incluir todos na escola, ou seja, os ideais de uma escola para todos vêm dando novos caminhos às expectativas educacionais para os alunos com necessidades especiais. 
      Esses movimentos evidenciam grande impulso, na década de 90, no que se refere à colocação de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, e têm avançado em alguns países desenvolvidos, constatando-se que a inclusão bem sucedida desses educandos, requer um sistema educacional diferente do atualmente disponível. Implicam a inserção de todos, sem distinção de condições lingüísticas, sensoriais cognitivas, físicas emocionais, étnicas, socio-educacionais ou outras. Necessitam de sistemas educacionais planejados e organizados que dêem conta da diversidade dos alunos e ofereçam respostas adequadas às suas características e necessidades. 
      A inclusão escolar constitui, portanto, uma proposta politicamente correta que represente valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, em um ambiente educacional favorável, independente do nível e forma de ensino que se encontre ou necessite. Impõe-se como uma perspectiva o ser experimentado na realidade brasileiro. 
      Buscando subsidiar os professores brasileiros em sua tarefa de favorecer seus alunos na ampliação do exercício da cidadania, propõe-se um processo de se repensar a questão da educação para todos, inserindo-se uma concepção integradora, que deve ser defendida por todos.
É um desafio a ser enfrentado como condição essencial para atender à expectativa de democratização da educação em nosso país e às aspirações de quantos que almejam desenvolvimento, progresso e justiça social. 
  A educação eficaz supõe um projeto pedagógico que enseje o acesso e a permanência - com êxito - do aluno no ambiente escolar, que assume a diversidade dos educandos de modo a contemplar as suas necessidades, potencialidades e talentos.
 
 6.3     Educação Infantil e Básica
     
 A implantação de uma nova proposta de trabalho ou de um projeto educativo na escola exige desta, além das condições físicas e materiais, espaço necessário para a reflexão compartilhada com toda a comunidade escolar sobre a prática social e educativa, promovendo desta forma, um processo constante de auto-avaliação que oriente a contínua construção de competências profissionais e sociais. Este espaço de interlocução que possibilita a análise da própria prática de formação a partir de referenciais teóricos ou troca de experiências, deve ser assegurado a todos, através de efetivação de um plano de formação continuada.  
      Esta proposta deve contemplar além das necessidades inerentes a prática dos professores em exercício, um trabalho com conteúdos relacionados aos diferentes âmbitos do conhecimento profissional e social, que promovam o contínuo desenvolvimento de competências que possibilitem uma atuação não apenas na função docente, mas também na condição de cidadãos, membros de uma comunidade escolar responsável pela formulação, implementação e avaliação do projeto da escola. 
      Desta forma, a comunidade escolar da referia Instituição de Ensino deve implementar uma proposta que tem como finalidade a atualização e aprofundamento dos conhecimentos sociais e profissionais como condição indispensável para a efetivação da Proposta Pedagógica e da função social da educação.  

6.4      Redimensionamento dos mecanismos de gestão democrática, que fortalecem as instâncias colegiadas, como espaços de tomada de decisão coletiva 

A Escola dentro uma visão, precisa construir coletivamente os seguintes instrumentos de Gestão:
     O plano DE AÇÃO de Gestão, que precisa está centrado nos princípios e fins e da organização da Educação Nacional -  Lei 9394/96, traduzidos a partir da Constituição Federal, a saber: 

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
Art. 12º. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. 
Art. 13º. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. 
      Estes princípios devem ser traduzidos em: 
      A - proposta pedagógica sintetizada a partir da legislação vigente e das diversidades do pensamento e ações humanas;
    B - do comprometimento dos trabalhadores em educação, expressa em práticas pedagógicas,  atitudes ético-profissionais e capacitação permanente;
     C - envolvimento da comunidade no processo educacional por meio de parcerias, visando à realização maior, ampla e proveitosa, das oportunidades educacionais, culturais e sociais da Escola Valdina Torquato do Nascimento.
   A equipe que ora se apresenta para buscar formas e meios de fazer cumprir estes princípios, entendem que a gestão colegiada é a expressão mais eficaz por se constitui “em um projeto que devemos assumir para a  construção de uma escola que cumpra sua função social. Não devemos esperar, ingenuamente, que a sua simples instalação produza, de imediato, todos os efeitos práticos e políticos esperados. O caminho para a mudança será construído e reconstruído no dia-a-dia, à medida que vamos compreendendo os problemas educacionais“ (RODRIGUES, 1994, p.63).  
      O processo de administração colegiada é tido como caminho possível na construção de uma escola democrática. Apesar dos limites e as contradições geradas por esta prática, vale a pena ressaltar o sentido político e o sentido pedagógico da mesma. Mesmo não podendo dissociá-lo enquanto prática, os mesmos distinguem-se pelas suas especificidades. 
      No sentido pedagógico, a administração colegiada reside na possibilidade da efetivação da função essencial da escola pública, entendida como um fenômeno educativo, na medida em que se firma como exercício participativo do processo decisório escolar, efetivando uma prática de democratização institucional.  
      A administração colegiada se constitui em processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de estratégias viáveis à concretização dos objetivos da comunidade escolar passando um efeito natural pedagógico sobre cada um dos integrantes da comunidade escolar, propiciando uma vivência democrática necessária para a participação social e o exercício da cidadania. 
      Como prática democrática de decisões, deve ser capaz de garantir a participação de todos os membros de comunidade escolar, possibilitando a todos a co-responsabilidade do projeto pedagógico da escola e da sociedade. Assim, essa prática produz resultados imediatos e concretos, onde a comunidade escolar vivencia situações de cidadania próprias da dinâmica social e do papel do cidadão nessa dinâmica.  
      Ainda no sentido pedagógico, a administração colegiada dá ênfase ao “trabalho cooperativo e solidário” processos indispensáveis à vida em sociedade.  Ao preconizar um projeto educacional único e solidário, a sua essência é a cooperação, vinculando-se intrinsecamente ao cumprimento da função social e política da educação escolar, que se ocupa da formação do cidadão participativo, responsável, crítico, e criativo, caracterizado pela transmissão e socialização da herança cultural acumulada.  
     A administração colegiada na tentativa de recuperar sua função popular impõe a condição de uma prática pedagógica progressista, pois ao democratizar as relações que se desenvolvem no interior da escola, exige que a comunidade escolar participe da análise, discussão e deliberação a respeito da proposta educativa a ser concretizada, mediatizando uma prática pedagógica qualitativamente adequada às necessidades e interesses das camadas populares.  
     Por se firmar na decisão coletiva, a administração colegiada constitui-se no espaço de comprometimento dos membros da comunidade escolar com o projeto político-pedagógico a ser assumido. Sendo assim, este espaço utilizado pelas camadas populares a favor de seus próprios interesses, visando a construção de uma nova ordem social. 
      O educador assume o compromisso com as camadas populares como intelectual orgânico, onde, em seu trabalho se compromete com a totalidade do processo escolar, não se restringindo à sala de aula, exigindo a percepção político-pedagógica de seu trabalho e o significado social de co-responsabilidade na definição do projeto educativo a ser assumido pela escola e suas possíveis conseqüências. O educador responsabiliza-se não só pelo comprometimento da  função  específica da escola, mas também pelo pleno exercício da cidadania. 
      Em sua função específica o educador deve procurar garantir aos seus alunos a produção e posse sistemática do saber científico historicamente acumula, sem esquecer as experiências de vida e a realidade social daqueles a quem deve educar. Isto tem como mérito elevar o nível de consciência crítica dos alunos, atribuindo-lhes uma atuação consciente e competente dentro da realidade atual. 
      No que compete à preparação para o exercício da cidadania cabe ao educador oferecer condições para  que os alunos desenvolvam a consciência de sua responsabilidade social e política. Para tal o aluno deve ter condições de superação da visão sincrética, atingindo uma visão sintética, portanto, organizada.
      Portanto, o papel do educador não se encerra na transmissão e elaboração do saber sistematizado, cabe a ele também, preparar os alunos da classe trabalhadora para assumir o papel de dirigente, pois como cidadão cabe-lhe este direito. 
      Cabe, assim ao educador, propiciar aos alunos, condições de domínio do saber sistematizado e o efetivo exercício democrático da participação nas decisões da vida escolar.  
      O sentido político da administração colegiada se insere no contexto de uma concepção democrática de administração. Tem como pressuposto fundamental a estratégia para a promoção de uma forma qualitativa de decisões na escola e na sociedade, a partir de uma participação co-responsável. Pela experiência coletiva, através da participação, efetiva-se a socialização das decisões e a divisão de responsabilidades. Neste caso a participação constitui-se em elemento básico de integração social democrática.        A administração colegiada preocupa-se em instituir uma forma de organização escolar que supere os conflitos através da síntese superadora resultante das convergências e sintonias dos diferentes grupos que integram a escola, através da participação coletiva. Assim elimina-se o espírito e competitivo existente no interior do espaço escolar, iniciando um processo permanente de participação na construção de uma educação comprometida com a construção social. Portanto, a administração colegiada se constitui numa mediação política necessária à formação e à prática pedagógica de escola no atendimento dos interesses das camadas menos favorecidas.

7          SERVIÇO DE SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
      
É o setor responsável, juntamente com o setor pedagógico, diretamente sobre os determinantes e estruturantes do processo de ensino-aprendizagem, sintetizados na Proposta Pedagógica. Este por sua vez é um meio relevante para a consolidação da função social e política da escola e um instrumento que reflete o sentido mantenedor-transmissor da ação pedagógica. 
      Se a educação é a preparação para o exercício da cidadania, a luta em favor de uma escola pública de qualidade é condição para que se realize o direito fundamental de todos os brasileiros à cidadania. Uma escola em que todos tenham, não só o direito de acesso, mas a possibilidade de permanência e a garantia de nela se apossarem do conhecimento que os capacitem para o exercício da cidadania. 
      Neste processo, o trabalho do profissional atuante na supervisão tem como objeto a Proposta Pedagógica, e como ação fundamental a articulação, a socialização e a construção dos diferentes saberes docentes, a rearticulação teórica e prática e, por conseguinte, dos estruturantes e determinantes do currículo da escola e da consecução do Projeto Político-pedagógico. 
            A garantia de que a escola cumpra sua função social de socialização, manipulação, construção e divulgação do conhecimento, depende muito do perfeito entrosamento entre os elementos atuantes na escola e os pertencentes à comunidade em que ela está inserida, influindo de maneira positiva ou negativa sobre o trabalho desenvolvido e, conseqüentemente, no educando, por atingir e comprometer a qualidade da educação e do ensino. Assim sendo, há necessidade de se planejar as atividades que propiciem  a  implantação  e concretização dos serviços de Supervisão, Orientação e Coordenação Pedagógicas na escola Valdina Torquato do Nascimento.
           Para tanto, deve-se estar conscientes dos seguintes aspectos que servirão de alicerce para o bom andamento do que nos propomos: 
A - A Orientação, Supervisão e Coordenação Pedagógicas são funções de todo o sistema educacional, atuando independentes  de níveis  e setores.
B - Os Professores que ocupam estas funções devem estar conscientes, responsabilizados e compromissados com a qualidade dos trabalhos da supervisão e coordenação, ou seja, concepção clara de seu campo de atuação, normas, objetivos, determinações de papéis, estado de ânimo, relacionamento humano, comunicação, etc.
C - O funcionamento dos serviços de supervisão e coordenação educacionais e o uso de estratégias de ação devem servir como fontes de comportamentos e condutas que assegurem a concretização da função social da escola.

 
8          METODOLOGIA DE AÇÃO

Para a execução das ações descritas no cronograma abaixo, a metodologia utilizada será a junção de todos os elementos que fazem parte do processo ensino aprendizagem. Para que a gestão democrática aconteça com sucesso, será necessário o envolvimento e comprometimento de toda a comunidade escolar: direção, professores, funcionários, pais e alunos, enfatizando sempre a valorização humana, com o aluno sendo o centro das atenções.
Para a construção de uma nova escola que atenda a demanda com mais qualidade e estrutura a equipe gestora ira buscar recursos junto a SEME para efetivação das ações.
Já para a realização dos projetos especiais da escola, serão usados recursos das festividades e eventos realizados durante todo o exercício gestor.


9          CRONOGRAMA

Ações 2012
Atividades desenvolvidas
Jan.
Fev
Marc.
Abril
Mai.
Jun.
Jul.
Agost.
Set.
Out.
Nov.
Dez
Planejamento do ano letivo

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CONSTRUÇÃO do PPP


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Organização do Setor administrativo
(criação do organograma, criação da missão e visão)


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Criação do Regimento interno.




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Encontros bimestrais para avaliação dos indicadores da aprendizagem.



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Acompanhamento pedagógico ao professor.


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Reunião com a comunidade escolar.



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Visitas domiciliares bimestrais aos pais e alunos



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I Feira do Livro didático


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Inclusão Digital


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Dia de lazer no SINTEAC para os alunos que mais se destacarem




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Catalogação dos livros na biblioteca











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Encerramento do ano letivo











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Metas para 2013

Atividades desenvolvidas
Jan.
Fev
Marc.
Abril
Mai.
Jun.
Jul.
Agost.
Set.
Out.
Nov.
Dez
Planejamento do ano letivo

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Adequação do PPP


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Encontros bimestrais para avaliação dos indicadores da aprendizagem.



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Acompanhamento pedagógico ao professor.


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x
Reunião com a comunidade escolar.



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Visitas domiciliares bimestrais aos pais e alunos



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Campeonatos de futsal e volley



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Premiações anuais por série/ano











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Adesão do Mais Educação








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Projetos de Artes e Cultura (oficinas de reciclagem, Teatro)







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Aumentar os índices no IDEB e SEAP


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Encerramento do ano letivo











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Metas para 2014

Atividades desenvolvidas
Jan.
Fev
Marc.
Abril
Mai.
Jun.
Jul.
Agost.
Set.
Out.
Nov.
Dez
Planejamento do ano letivo.

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Organização do PPP.


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Encontros bimestrais para avaliação dos indicadores da aprendizagem.



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Acompanhamento pedagógico ao professor.


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x
x
x
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x
Reunião com a comunidade escolar.




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Visitas domiciliares bimestrais aos pais e alunos



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Curso de Artesanato, manicure, pedicure, dentre outros para a comunidade.







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Intensificação das aulas de Alfabetização.(EJA)


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Informatização dos dados escolares (com foto do aluno anexada à matrícula.


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Construção de uma nova escola.


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Construção da nova escola


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Inauguração da biblioteca





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Climatização da biblioteca e salas de aula.






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Encerramento do Ano Letivo.











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CONCLUSÃO

Este plano de ação objetivou descrever os dados humanos, financeiros, administrativos e pedagógicos da Escola Valdina Torquato do Nascimento, para a implementação de ações que serão desenvolvidas ao longo do processo gestor através da união de todos os elementos participantes do processo ensino-aprendizagem.
A comunidade escolar precisa se empenhar para elevar o nível intelectual da escola, por meio da gestão participativa e pela inovação do ambiente escolar em todos os aspectos.
Para isso, o gestor que exerce importantes atribuições deve gerar um clima de transformação de atitudes e estimular os integrantes da organização escolar para o seguirem em direção a uma escola reflexiva. Para tanto, investir em práticas de gestão participativa, em técnicas motivacionais e reestruturação da instituição torna-se um caminho eficaz para a concretização da educação na sociedade contemporânea.